Planalto de Cesaredas

A minha última saída de campo (13/09/2009), levou-me até ao Planalto de Cesaredas. O intuito desta viagem era descobrir Echinodermes do Jurássico superior português.

Deixo-vos com duas fotografias desse dia.

Garganta da Columbeira, vista a meio do planalto.

Coral algures no planalto.

Saída de Campo a Bragança

Certamente esta não foi das saídas de campo com paisagens espetaculares, mas foi certamente uma das saída que mais aprendi.

No âmbito da cadeira de Geologia Estrutural e Tectónica (cadeira de Mestrado em Geologia, FCUL) fomos até Bragança visitar os maciços de Morais e Bragança.

No percurso até lá fizemos algumas paragens. Aqui deixo algumas das fotografias da saída.

Vista para Norte da saída Norte da Vila de Foz Côa.

Promonor de um cristal de Plagioclase deformado. A Sul de Ervedosa.

Vista ao pôr-do-sol na Serra de Bornes.

Torre do Castelo de Bragança.

Mármores na pedreira de Maçãs. Reparem como a bem visível que os leitos negros estão dobrados.

Casa típica transmontana reconstruida na aldeia comunitária de Espinhosela.

Isto é o aspecto das praias fluviais em Trás-os-Montes. Onde está a areia?

Por fim deixo-vos com uma imagem não muito comum no nosso planeta. As rochas que se vêem 2 furos pertencem à base da Crosta inferior, enquanto que as rochas que estão imediatamente por baixo pertencem ao Manto superior.

Eu estive no Manto e sobrevivi!

Saída de Campo a S. Pedro de Moel

Na passada semana estive em trabalhos de campo na zona de S. Pedro de Moel.

S. Pedro de Moel é uma vila no litoral pertencente ao concelho da Marinha Grande. Tem um dos litorais mais bonitos que até hoje vi, mas parece que é pouco conhecido pelos portugueses.

Deixo-vos com algumas imagens da zona.

Vista de Norte para Sul da Praia de S. Pedro de Moel, ao pôr-do-sol.

Pôr-do-sol na praia de S. Pedro de Moel.

Farol do Penedo da Saudade, em S. Pedro de Moel.

Vista de Sul para Norte da vila de S. Pedro de Moel, apartir da praia.

Praça junto à praia em S. Pedro de Moel.

Mais para Sul, na zona Sul da praia de Vale Furado, existe as ruínas de uma antiga pedreira de gesso. Na entrada da pedreira é visível uma lage com o ano de 1857 inscrito. Esta antiga pedreira teve parte da sua actividade através de galerias, sendo que algumas delas são hoje visíveis nas arribas a Sul desta entrada.

Antiga entrada da pedreira de Vale Furado.

Saída de Campo a Alhadas

No passado dia 24 de Maio, eu, Ricardo araújo e o Octávio Mateus fomos fazer uma saída de campo na zona de Alhadas (ao Norte da Figueira da Foz).

Alhadas situa-se no flanco Sul do antiforma da Figueira da Foz, onde as rochas aflorantes são jurássicas.

No caminho deparámos com este magnífico afloramento, onde é evidente um paleoleito de rio a curtar uma sequência de depósitos lacustres. Como se vê na fotografia é bem visível essa intersecção pela diferença de tonalidades entre os sedimentos.

Vista de um afloramente perto de Alhadas.

Chegados a Alhadas, os cortes recentes, feitos pela construção da auto-estrada, que pretendiamos prospectar estavam interditos. Infelizmente a auto-estrada já está em funcionamento pelo que não podêmos aceder a eles.

Vista de um dos flancos da nova autoestrada que passa em Alhadas.

Tivemos então que nos contentar com explorar as zonas não vedadas pela cerca da autoestrada, o que se revelou produtivo para as amonites (bonitas e grandes).

Saídos deste local, fomos visitar uma pedreira ainda na zona de Alhadas. Aí estavam mais uma vez presentes as amonites, bem como belemnites e raros braquiópodes (Rhynconellas).

Amite ainda em posição no afloramento numa pedreira em Alhadas.

Com o dia no fim fomos dar um pulinho até Buarcos, à pedreira da Cimpor. Os buracos que vêem na foto não são pegadas, são sim marcas de explosões quando a cimenteira estava em laboração.

Fotogarfia tirada numa antiga frente de exploração na fábrica da Cimpor em Buarcos.

Frequência de "Posts"

As saídas de campo não é algo que se faça regularmente e tal justifica que a frequência de publicação de "posts" neste blogue não seja regular.

Para quem não sabe, existem várias condicionantes a uma saída de campo.

A principal é as condições meteorológicas. O estado do tempo que faz é uma condição essencial à realização de uma saída de campo. Com chuva não é saudável nem seguro andar-se nas arribas e vertentes. Assim, há que restringir as saídas de campo às alturas onde a chuva é menos frequente (final da Primavera até ao princípio do Outono).

Outra condicionante é a escolha do percurso onde se efectuará a saída. Este não só afecta aquilo que se encontra, bem como, o acesso aos afloramentos, já que alguns deles encontram-se em propriedade privada ou são próximos a locais que as pessoas frequentam, o que pode ser um risco para elas, ou um importunio à suas actividades.

Outra "desculpa" à carência de frequência na escrita neste blogue prende-se exactamente com o tempo disponível dos intervenientes, já que uma saída de campo desta natureza não é recomendável que se faça sozinho. É perigoso andar sozinho neste tempo de saídas!

Espero que compreendam isto e fica a promessa que em breve colocarei mais uma saída, realizada no dia 24 do mês de Maio.